Alta do Dólar: Saiba o Que Pode Acontecer

A alta do dólar é um tema recorrente e até um pouco difícil de se explicar, mesmo aparecendo praticamente todos os dias no jornal.

Apesar de muito se comentar sobre o tema, grande parte das pessoas não tem ideia do que isso significa já que, nem sempre, a forma com que a variação do dólar impacta a vida das pessoas comuns brasileiras fica evidente.

Mas, de modo geral, é justamente por causa disso que vez ou outra o mercado financeiro se desestabiliza, o PIB sofre e coisas pequenas como o pão ou o feijão chegam a preços absurdos.

Ficar a mercê de algo instável é danoso para os brasileiros, mas, não existem outras alternativas tão seguras quanto.

Por isso, desde já, é importante estudar um pouco do assunto e, se possível, começar a pensar em investir.

Afinal, como já deu pra ter uma vaga ideia, o dólar influencia bastante na rotina do brasileiro, principalmente na compra dos seus itens básicos para sobrevivência.

Mas, antes de chegar a esse ponto, que tal entender um pouco sobre como tudo isso funciona para, mais tarde, decidir direitinho qual caminho seguir?

Entendendo a Alta do Dólar

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Alta do Dólar: saiba o que pode acontecer (Foto: Reprodução Pixabay – Nikolay Florochkin)

Falar em Alta do Dólar é sinônimo de discussão sobre o quanto ele vale em reais e o quanto ele é requisitado tanto mundo a fora quanto em terras brasileiras em relação ao real.

Entrar nesse mundo é falar também sobre o mercado de câmbio. Isto é: um ambiente onde moedas estrangeiras são trocadas entre todos os agentes econômicos do mundo.

Funciona assim: como cada moeda de um país tem um valor diferente no mercado internacional, é o mercado de câmbio que avalia todas elas e faz a comparação entre elas por meio de taxas cambiais.

Esse mercado fica ativo 24 horas por dia nos 5 dias úteis da semana e faz negociações nas maiores Bolsas de Valores e mercados do mundo como Zurique, Hong Kong, Nova Iorque, Londres, Sidney ou Paris, por exemplo.

Por isso, é muito comum que jornais acompanhem a queda ou a subida de determinadas bolsas, o que pode ser significativo para a valorização da moeda nacional.

O que é e como funciona a Taxa de Câmbio?

A Taxa de Câmbio é, basicamente, o que determina a Alta do Dólar e o valor de todas as moedas no exterior, inclusive a nossa.

Em outras palavras, ela é uma ferramenta de “conversão”.

A grosso modo, digamos que é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades (reais) ou frações (centavos).

Na maioria dos países, essa taxa é definida pelo mercado sem a intervenção do Governo.

Por isso, aqui no Brasil, o Banco Central (BC) apenas acompanha a média oficial trabalhada no mercado, também chamada de Ptax e a divulga.

Em tese, isso quer dizer que ele segue o modelo de alguns países e não intervém nesse sentido.

No entanto, existem situações em que ele intervém. Isto é: em situações de crise ou forte especulação contra o real.

Sendo assim, é comum que utilizem o termo “câmbio flutuante” quando se falam em taxas de câmbio no Brasil.

Mas, calma. Isso só quer dizer que deixamos o valor ser definido no regime de “oferta e procura”.

A intervenção que o Governo faz é realizada apenas para impedir uma valorização ou depreciação excessiva do real.

Mas, aos olhos do mundo, esse tipo de ação pode ser vista como flutuação suja do câmbio, por mais que seja em prol da conservação do real.

E o que a Alta do Dólar tem a ver comigo?

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Alta do Dólar: saiba o que pode acontecer (Foto: Reprodução Pixabay – Intellectual)

Colocando um pouco do óbvio na mesa, quando o dólar aumenta, consequentemente também há aumento de tudo relacionado à ele.

Se você costumava comprar algum material importado em dólar, agora precisa pagar o dobro ou quem sabe deixar de fazer o pedido na mesma transportadora.

Um outro exemplo clássico vai para quem costuma viajar para o exterior.

Com o aumento do dólar, passagens aéreas aumentam de preço, estadias beiram absurdos e os sonhos ficam cada vez mais distantes.

Mas, isso não é tudo.

Uma grande parte dos produtos consumidos aqui no Brasil são importados ou possuem alguma relação com outros produtos importados.

Dessa maneira, quando a moeda americana está em alta e acontece a famosa Alta do Dólar, a tendência é que a economia brasileira sofra com a inflação.

Um exemplo não tão distante disso foi logo após o vice-presidente da Dilma Roussef, Michel Temer, assumir o cargo após o Impedimento.

Você lembra quando feijões beiravam os R$10,00 e a gasolina chegava a preços absurdos? Isso foi produto da inflação que se torna uma preocupação de novo, agora, em prol do Covid-19.

Provavelmente você não tinha ideia, mas, a relação do Brasil com o dólar é bem mais estreita do que parece; e não dá pra dizer isso apenas considerando a amizade do atual presidente com o Donald Trump.

Duvida? Um exemplo clássico desse estreitamento é o próprio pão que você consome na padaria.

Apesar de ele ser produzido aqui, o trigo, um ingrediente fundamental para criar a farinha, é importado.

Dessa forma, o valor final do pão acaba se modificando de acordo com o preço que as padarias encontram do produto base nos atacos ou supermercados.

A Economia Brasileira como um todo também sofre, não só o Consumidor!

As consequências da alta do dólar também chegam em um nível alarmante de forma geral.

Afinal, se o Brasil tem alguma dívida com o exterior, de acordo com a variação do dólar, ela pode se tornar bem maior ou menor.

Mas, ter o dólar em alta não é tão ruim para a Economia Brasileira no geral.

Essa situação é vantajosa aos empresários porque eles podem optar por fazer investimentos aqui ou trazer suas filiais pra dentro do país.

Outros podem, ainda, pensar na exportação como alternativa. Como o produto brasileiro fica mais barato em dólar, há aumento nas vendas lá fora.

E aí? Tirou todas as dúvidas sobre a alta do dólar? Conta aqui pra gente!

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